Organizada pelas camaradas da Arroios BASE no dia 23 a partir das 18h30.
Corria o ano de 1974 e a revolução tinha apenas começado. Zé Diogo, operário rural no interior alentejano, é despedido sem razão pelo seu patrão, o latifundiário Columbano. Columbano era um tipo enorme, conhecido pela sua prepotência e pelos espancamentos que administrava aos seus empregados.
Mal Zé Diogo lhe bateu ao portão, o facínora caiu-lhe em cima, desferindo-lhe murros e pontapés, mas Zé Diogo puxou da sua navalha e fez-lhe três buracos na pança. Columbano caiu ao chão e morreu uma semana depois. Zé Diogo foi preso, mas por duas vezes o seu julgamento foi adiado. Corria o PREC e os tribunais burgueses piavam mais fininho. À terceira tentativa os populares invadiram o tribunal de Tomar e organizaram um julgamento popular do latifundiário, que a título póstumo foi considerado culpado de exploração e tirania. Zé Diogo viria a ser condenado a seis anos de cadeia, dos quais cumpriria ainda alguns. Foi eventualmente solto, tendo em conta o tempo passado à espera do julgamento.Dia 23 de Abril vamos celebrar Zé Diogo e a sua coragem, gritando novamente “Liberdade Zé Diogo” e julgando uma outra vez o patife Columbano.
Contamos com comes e bebes e o inesquecível DJ Foguinho.