Saiu hoje no jornal Público uma reportagem dedicada a iniciativas de distribuição gratuita de comida, por parte de coletivos auto-geridos da grande Lisboa. Para quem não teve hipótese de o ler, o artigo segue abaixo, bem como algumas das fotos publicadas.
[…] recusam a palavra caridade. Este é, antes, um passo no sentido da autonomia e da entreajuda. […] o momento que vivemos é um“ensaio geral” das crises que se seguirão, ligadas às alterações climáticas, e que, nelas, “a acção dos Estados oscilará entre a incapacidade de cuidar de todos e a intensificação dos seus traços mais autoritários”. Mais do que dar comida, a cantina é, por isso, uma forma de “colocar em prática processos colectivos de autonomia e organização que permitirão enfrentar os tempos que se aproximam”
“é passar de algo meramente assistencialista para algo politicamente mais forte. As pessoas ajudarem-se umas às outras e organizarem-se não é uma ideia utópica, acontece. Nós só estamos a pegar em coisas que já existem, a desenterrá-las, a limpar-lhes o pó e a pô-las a funcionar”.