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Apelo para a apropriação colectiva do espaço comum

Segunda 25 de Maio, 19h, RDA 69 (Regueirão dos Anjos, nº69, Lisboa)

No passado dia 5 de Maio, o RDA (Recreativa dos Anjos) lançou um comunicado, dando conta do ultimato da Junta de Freguesia de Arroios para a retirada do mobiliário urbano instalado à porta do RDA, feito antes de qualquer diálogo connosco e com as pessoas que diariamente aqui convivem.

Na véspera dessas apreensões lançámos um apelo à presença no RDA. Pela hora marcada, cerca de 100 pessoas acorreram ao #69 do Regueirão dos Anjos em defesa de um lugar que constroem diariamente.

Esta resposta permitiu defendermo-nos desta higienização sumária, trazer a questão para um campo político e abrir uma via de diálogo. Na Sexta-feira reunimos finalmente com a Junta de Arroios e deste conflito surgiu uma janela de oportunidade: os lugares de estacionamento na vizinhança do RDA foram disponibilizados para construirmos neles o que entendermos.

No entanto, acreditamos que este troço do Regueirão dos Anjos não pertence apenas à associação, mas também aos vizinhos e às pessoas que usufruem dele. Não nos interessa tanto definirmos de antemão que mobiliário construir sem sabermos que necessidades vão servir; interessa-nos pois um processo de apropriação colectiva, que crie um terreno comum alternativo ao jogo entre os interesses privados e o espaço público.

Por isso vos convocamos para na Segunda-feira dia 25 de Maio pelas 19h imaginarmos formas de ocupação daquele espaço, e a pensá-lo em conjunto. Chamamos por ideias concretas, mas também por preocupações e vontades vagas. A partir da discussão que surgir, vamos organizar-nos para construirmos nós próprios o espaço que idealizarmos.

É neste processo colectivo de discussão, desenho e construção que acreditamos estar a ocasião para se fazer e pensar a cidade. É a partir das acções concretas definidas pelo horizonte da materialidade possível que podemos pensar a rua, o bairro, a comunidade, a cidade e entendê-los, não apenas como locais de passagem, mas como lugares comuns que se podem pensar, construir e viver.

Regueiremos.

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